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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Traindo minha consciência

Quanto mais escrevo, mais me sinto escritora. Por escritora entende-se digna de exercer o ofício de escrever.

O problema é que tudo que eu escrevo - direto ou indiretamente, voluntaria ou involuntariamente -, é influenciado por tudo o que eu vivi e por tudo o que eu acredito ser certo e verdadeiro. Isso tem me frustrado e me pressionado demais.

É como se eu criasse uma doutrina na qual a única pessoa obrigada a segui-la sou eu mesma. Acontece que isso não ocorre, por várias razões e/ou situações.

Como que eu vou escrever sobre algo que eu nem sou capaz de realizar por completo? SObre o que eu vou escrever, se eu não sou capaz de seguir inteiramente minha própria lei?

Escrever está no meio entre pensar e agir. Com essa intenção ou não, um texto convence, transforma, reflexiona, confronta.

Um escritor que escreve que "sim" e faz que "não", é hipócrita. E isso eu não sou, nem quero ser.

Por isso, tenho preferido não escrever, e até não dizer. Aliás, esqueçam tudo isso que você acabaram de ler: apenas expus minha revolução interna.

9 comentários:

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Nem esquenta a cabeça, ficar meio confuso ou indeciso em alguns momentos é normal. Pensa num assunto que te dê prazer e cai matando, ou então se estiver bolada com alguma coisa chuta o balde...

cecilia disse...

Nossa !!!! Isso é falta de aula???? Abaixo já !!!! Aulas de volta e Não as férias !!!!!

Rebeca Kim disse...

kamikaze, não posso chutar o balde... ja publiquei no blog que "chutar o balde dá dor no pé"

mãe, tá louca? justamente por falta de aulas é que eu tive tempo de colocar esse texto aqui! nao inventa nao!!

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Tenta com um taco de golfe então, alguns tem o formato parecido com um pé (depois de um trator passar por cima, mas ainda um pé).

Rebeca Kim disse...

boooaa!!

kentsu disse...

O que você escreve não deve se tornar uma prisão para você! Ao contrário! Escrever deve ser um exercício da sua libertação! São dois caminhos: a prisão ou a libertação! Tanto para os que leem quanto para os que escrevem! Acho que Clarice era uma "prisioneira" que escrevia para ss libertar! Não acha ?

Rebeca Kim disse...

acho!! e acho que eu também sou!!

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Esse lance de fazer da escrita uma prisão tem mais a ver com flamenguista que chegou a terminar o Mobral.

Rebeca Kim disse...

HAUAHUAHAUHAUAHUAHA