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terça-feira, 29 de junho de 2010

Pedaços de mim

“Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão.

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci.

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por um instante.


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas.

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir para não enfrentar
sorri para não chorar.

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei.

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.”
 

(Martha Medeiros)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Romantismo

Historias clichês em livros ou filmes, que a maioria das mulheres adoram e a maioria dos homens odeiam. Sou uma dessas que adoro. A historia pode ser a mesma daquelas de high school em que o garoto popular se apaixona por alguma excluida,
ou aquelas dramaticas em que um dos personagens principais tem uma doença grave e morre,
as clássicas do periodo medieval, com direito a princesas, castelos, realeza... 
 ou até um novo tipo de romance que o principe no cavalo branco foi substituido por um vampiro em seu Volvo prateado,
não importa, eu amo todas essas histórias.

A parte que mais odeio em todas elas, por mais comuns ou diferentes que sejam, é que elas não existem.

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada." (Clarice Lispector)  

Copa do Mundo

Nasci em ano de Copa, ano que o Brasil conquistou o tetra-campeonato. Talvez seja este o motivo por eu gostar mesmo. Torço mesmo. Me emociono, até. Procuro esquecer todos os problemas por trás desse grande evento – brigas, rivalidades – e mesmo sem entender nem a metade de uma partida de futebol, este ano decidi me informar direito, saber de todos os times e acompanhar os jogos do Brasil.
Acho muito bonito pensar que uma nação inteira para pra torcer junto, vibrar, suar junto com os 20 heróis que estão em solo Sul Africano, buscando honrar a camisa e a pátria brasileira. E além do que acho importante ficar feliz com a única coisa que o Brasil faz por merecer a vitória, não é?

Não sou aquele patriota que tem orgulho de ser brasileiro, mas também não sou aquele tipo de pessoa que só lembra do país pra ver futebol. Não sou daquelas pessoas que querem a copa só para não trabalhar – embora eu não reclame nem um pouco dessa consequencia – e gosto de pensar no real significado dos jogos – mesmo que talvez eles não sejam praticados –: união, luta, garra, torcida, amor a patria…

sábado, 26 de junho de 2010

Síndrome de Hanhart

“A síndrome de Hanhart é uma má-formação genética rara, onde o bebê nasce sem uma parte ou com a completa ausência dos braços e pernas, podendo ocorrer ao mesmo tempo esta condição na língua. Esta síndrome é muito rara, não existe por isso muitos estudos que possam apontar as suas causas.
O desenvolvimento da criança é considerado normal, não havendo em geral a presença outros defeitos genéticos nos órgão internos ou comprometimento intelectual relacionado à síndrome de Hanhart.”
(Em http://www.tuasaude.com/sindrome-de-hanhart/)
E agora apresentarei três pessoas com esta mesma síndrome:
A primeira é Nicholas James Vujicic (ou apenas Nick Vujicic), nascido em 1982. Sem braços e pernas, Nick faz palestras contando sua história de vida e dando seu testemunho cristão. Há vários vídeos sobre ele no Youtube, e a seguir um desses vídeos que considero imperdivel:

Um pouco mais de Nick Vujicic
Em: http://rebecaallemand.blogspot.com/p/nick-vijucic.html

A segunda é Gabe Adams, um menino por volta de 11 anos de idade. Brasileiro, mas adotado por uma americana. A família não quis expor muitos detalhes dele, e por isso há apenas um vídeo dele no Youtube, e uma breve matéria de caráter jornalístico feita em 2006: 

Um pouco mais de Gabe Adams
Em: http://rebecaallemand.blogspot.com/p/gabe-adams.html

A terceira pessoa, eu mal sei o nome. Infelizmente não tive a oportunidade de conhecê-la, só sei que era uma menina, também sem braços e pernas, brasileira. Ela faleceu este mês, antes mesmo de completar um ano de vida. Mesmo sem conhecê-la, tenho a certeza que a missão dela já foi cumprida, mesmo em um curto espaço de tempo. Por causa dela, várias outras pessoas conheceram a história das duas outras pessoas acima. Por causa dela de Gabe e de Nick, várias mentes foram abertas para o fato de que tudo é possível, basta querer.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Tentativa de evitar o anonimato

Não sei se vocês notaram, mas agora o blog possui um controlador de visitantes. Toda vez que alguém visualizar o blog (até eu mesma), o número de visitantes aumenta. Ou seja, agora eu sei mais ou menos quantas pessoas entram e não comentam!

Isso pode me trazer três consequencias: Ou as pessoas vão passar a comentar, ou vão passar a nem abrir o blog, ou nada vai mudar. Espero que seja a segunda opção, porque realmente não é legal saber que o blog foi visualizado 15 vezes e com apenas 1 comentário.

Comentem.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Eu adoro voar!

“Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!”
                                            Clarice Lispector

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Créditos ao meu tio, Claudio.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

We tried

_ Ih, um dálmata perdido bem ali!! – Meu pai exclamou, dentro do carro enquanto voltávamos do colégio.
Ele e minha mãe comentaram que viram um anúncio na placa de um dálmata perdido, e meu pai jurava que era aquele que ele viu.

Fez a volta e seguiu com o carro bem devagar, olhando em todas as ruas por ali. Finalmente o achamos. Magro, assustado. Rápido me lembrei do dia que Lola – minha cadela – sumiu. Foi há alguns anos, e lembro-me perfeitamente do quanto chorei e de como me senti. Felizmente, achei-a no mesmo dia e ela nunca mais fugiu. Mesmo sem conhece-lo, fiquei com dó do dono daquele cachorro, só de imaginar que ele podia estar sentindo o que eu senti.

Meus pais tentaram de todas as maneiras atraí-lo para dentro do carro, mas não deu certo. Inventaram nome, jogaram ração, sairam correndo de carro e a pé… Depois de um tempo, desistiram. Fomos ao lugar em que eles tinham visto o anúncio. O cachorro do anúncio era fêmea, e o da rua, macho. Meus pais deram graças a Deus que não conseguiram pegar o cachorro, mas eu fiquei pensando que então tinham duas pessoas tristes com seus cachorros fugidos.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

My life would suck without you

Olhei para um lado e vi minha mãe rindo e conversando alegremente. De relance vi meu irmão brincar com alguns amigos dele. Em cada canto, um pouco dos meus melhores amigos também animados. A música agitada quase me obrigava a balançar meu corpo no ritmo.

(…)

Meus melhores amigos me chamaram e me entregaram um rolo de papel, com um laço rosa. Li enquanto desenrolava, sorrindo. Uma carta de 14 metros, 45 folhas, de todos os meus amigos do colégio, professores… Quando terminei de ler, só pensava em dizer de alguma forma o quanto eu amo cada um deles.

(…)

Um final de semana de muitas fotos, muitas risadas, muita história pra contar. Um final de semana que devia durar a vida inteira. Um final de semana que eu irei me lembrar até depois da vida. E eu posso garantir que não há nada melhor do que estar rodeada de pessoas que te amam, pelo menos por algumas horas. Pessoas as quais você sabe que o sentimento é sincero, e você sente o mesmo por cada uma delas.

sábado, 12 de junho de 2010

Procura-se Personal Organizator

Tenho mania de pensar mais a noite, quando estou indo dormir. E, no dia seguinte, tenho mania de esquecer todas as ideias. Várias vezes já tive ideias geniais para escrever aqui, só que já estava deitada e aconchegante na minha cama, então deixei para fazê-lo depois e acabei esquecendo.

Por isso acaba ocorrendo uma desorganização nas minhas ideias. Não sei mais o que já pensei e já escrevi, pensei e esqueci, pensei duas vezes e esqueci as duas… Acho que vou pagar alguém para entrar na minha cabeça e me ajudar. Alguém se habilita?

Pagarei bem (eu não, minha mãe. ou quem tiver dinheiro pra isso), carga-horaria bem reduzida (só a noite), e com a vantagem de saber de todas as ideias antes de chegar no blog. Só precisa ser honesto (vai que a pessoa resolve me passar a perna e publicar todos os textos antes de mim).

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Eu vejo um novo começo de era…

Já viram aqueles adesivos em carros, com a família toda? muito legal, né? Pois é, mas e quando algum membro da família é cadeirante? Pensei nisso quando eu e minha mãe fomos procurar esses adesivos para comprar, e cheguei a pensar que teríamos que esquecer desse detalhe e escolher um adesivo “andante” mesmo pra mim.

Felizmente, não foi preciso procurar muito para achar um zilhão de adesivos de todas as formas: adultos, crianças, bebês, rockeiros, sedentários, aventureiros, dançarinos, cachorro, gato, papagaio, e… cadeirantes! Pasmem comigo! E não é só isso: também possuia opção de adulto, criança, adolescente, mulher ou homem. Totalizando 6 cadeirantes! É ou não um grande passo para a dominação do mundo?

         “Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear. Eu vejo a vida mais clara e farta, repleta de toda satisfação que se tem direito do firmamento ao chão. Eu quero crer no amor, numa boa. Que isso valha pra qualquer pessoa que realizar a força que tem uma paixão. Eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não.”
Tempos Modernos – Lulu Santos

Sem título 3
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Os adesivos foram encontrados no mercado livre, neste link: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-145450656-adesivo-familia-monte-a-sua-_JM 

terça-feira, 8 de junho de 2010

Relatos sobre o post anterior

Bom, nunca pensei que deixar minha mãe escrever aqui fosse me trazer histórias tão engraçadas. Em vários aniversários meus, minha mãe sempre me deixa algumas palavras simples e emocionantes, e pensando nisto eu armei para que dessa vez estas palavras fossem compartilhadas com todos do blog. Ótima ideia, eu sei. Ela relutou, argumentou, mas não teve jeito. Ensinei-a a escrever, tudo direitinho.

Pela manhã de hoje, ela levou o notebook para o trabalho, para que escrevesse lá enquanto eu estava no colégio. Quando cheguei em casa, abri o notebook e encontrei uma folha de papel dobrada e sorri. Antes da metade do texto, eu já estava chorando horrores. Tanto que ao final tive que parar e respirar, pois não conseguia ler as ultimas palavras. Era o mesmo texto que está aí, e no final um “PS” dizendo que ela não tinha conseguido escrever para o blog, e então tinha escolhido o recurso normal, escrevendo a mão mesmo. Pior, depois contou-me no trabalho havia convocado as amigas dela para ajudá-la, e nada!

Ensinei-a tudo de novo, e assim ela fez. Depois, veio ela reclamando que tinha comentado e não tinha aparecido – Ou o mais provavel: ela digitou o comentário e não enviou-o. Pelo menos fez eu morrer de rir!

Mas depois quando novamente li a carta dela no papel, as lágrimas me invadiram novamente. A unica coisa que pude pensar é que, por mais que estejamos em meio a essas tecnologias – muito boas, por sinal – e que não tem jeito de fugir delas, segurando aquela carta eu quase pude sentir o que ela estava dizendo. A letra dela à mão, todo o sentimento tão concreto que eu podia segurar firme.

Só que mesmo virtualmente todo mundo gostou da participaçãozinha da minha mãe aqui, e eu devo mais do que só agradecer. Meu aniversário foi muito mais emocionante por causa disso, com certeza!

Minha boneca- publicação da mãe da dona do blog

16 anos…08 de junho de 1994

e lá se foram…muito rápido!!!! Para mim continua sendo a minha menina ,minha filhinha indefesa, todos os dias após o seu nascimento lá ia eu e o seu pai para aquele hospital tão distante de nossa casa. Arrumávamos a bolsa com lanches e sucos para mais um dia passarmos ao seu lado ,eram dias lindos e ensolarados como o de hoje. Você cada dia mais gordinha e bela ! Aperto no coração na hora de ir embora…esperávamos você dormir para então partir, 21 dias de espera agonizantes. Muitas expectativas…e agora 16 anos depois . Nada mais me surpreende ,ao contrário , quero sempre mais . Não ligue para as cobranças ,mas tente sempre se superar.Quero que voce brilhe mais que uma estrela, quero que você seja meu orgulho, quero você sempre ao meu lado ( vou construir seu puxadinho ) quero você só para mim, dentro de mim novamente…rsrsrsrsrsr. Como nada disso depende da minha vontade pode esquecer de tudo isso que pedí e simplesmente continuar seguindo a sua vida com toda a sua estima , educação e consciência em todos os seus atos. ( isso eu exijo ) .

Parabéns ! ( pela manhã eu esquecí …rsrsrsrs )

Te amo ( nunca esquecerei …)

terça-feira, 1 de junho de 2010

I’ll miss you

Observei-o sair da sala enquanto conversava com alguns de seus amigos, feliz e sorridente. Gritei seu nome e sorri ao vê-lo virar-se e sorrir pra mim. Tudo em volta se esvaziou durante os longos segundos em que ele veio na minha direção, ainda sorrindo.

Ele se abaixou e eu abri os braços para abraçá-lo. Sorri ainda mais ao sentir o aperto de seu abraço e logo em seguida seu beijo brotar em minha bochecha.

- Boa viagem! – eu disse, próximo ao ouvido dele. “Divirta-se, se cuide, tudo de bom pra você durante essa nova fase da sua vida, viu? Você merece toda a sorte do mundo! Eu vou sentir muitas saudades suas, mas ano que vem eu to aqui te esperando.” , pensei dizer, mas esqueci de tudo ao ouvir sua voz.

- Obrigado! – foi o que ele disse, ao me soltar. Ele estava visivelmente feliz, era nítido no rosto dele. De certa forma, eu também estava feliz com tanta felicidade, mesmo com toda saudade do mundo já nascendo dentro de mim.

Ele então se virou e refez o caminho em direção a porta, do mesmo jeito sorridente e feliz. Talvez eu nunca mais irei vê-lo, mas o que importa é que uma das pessoas mais extraordinárias que eu conheci nos últimos meses estava feliz. E de malas prontas.

Então, até ano que vem.