Happy Birthday, brow

Em todo 8 de outubro me vem uma sensação de desespero, de velhice, e é cada ano pior. Não posso evitar.

Em todo 8 de outubro eu lembro daquele mesmo 8 de outubro de 1999: Confesso que não lembro muito bem, por ter apenas 5 anos de idade. Eu lembro bem do rostinho gordo e avermelhado dele. Os olhos pareciam dois riscos, os fios de cabelo lisos e ralos. E chorava, e muito.

Lembro até de antes disso, quando eu ainda não conhecia o seu rosto, mal tinha dimensão da vida que estava ali dentro daquela barriga imensa. Eu só ficava louca de curiosidade, pegando minhas bonecas de vários tamanhos e abordando minha mãe para descobrir qual era o tamanho dele dentro da barriga.

O problema é que eu acho que eu preferia aquele gordo chorão, melhor do que os nomes feios que ele aprendeu a proferir (diariamente) diretamente para minha pessoa durante esses 12 anos de vida. Mas é meu irmão, mais novo, e a função dele é essa.

Até que ele fique velho e eu fique com saudade das implicâncias dele. Ou então que eu diga com orgulho que ele com 30 anos na cara continua me chamando de boba idiota. Profetizei, hein?

Mas até lá ainda falta algum tempo (ou não, já que ele só faz crescer). Deixa ele só com 12 anos que já tá velho demais. O bom é que ele me ama de qualquer jeito. Ok, eu também o amo, muito. Seu chato.