E mais uma vez foi assim e, para variar, eu estava com a maior cara de tédio do mundo, esperando me chamarem. Depois de alguns exames, estava eu andando por um daqueles corredores enormes e notei uma silenciosa movimentação de câmeras, luzes e todos esses equipamentos de televisão. No meio do cenário improvisado, muitas roupas e uma cadeira roxa.
Voltei ao lugar de espera, mas dessa vez de costas para a televisão e com o olhar vidrado na porta de entrada. Reparei em todos que entravam e em todo carro bonito que passava. Até que parou um carro totalmente preto e saiu de dentro dele uma mulher elegante, alta, meio loira, linda... pegou sua bolsa e entrou, sozinha, andando tranquila e calmamente.
- Olha mãe, é ela!! - Chamo a atenção da minha mãe enquanto a mulher joga os cabelos para o lado e eu consigo ver seu rosto.
Linda, simples, uma pessoa normal e ao mesmo tempo alguém diferente de todo mundo ali. Alinne Moraes. Entrou para o espaço destinado a gravação, e eu continuei ligeiramente nervosa e tímida.
Tomei coragem para ir tentar ver alguma coisa, parei na porta e consegui vê-la sorrindo. Começaram as gravações e só consegui ouvir algumas falas. Pouco tempo depois, tive que ir embora, mas muito mais feliz do que havia chegado.