Sozinha em casa, começa o temporal. Os pingos de chuva batendo na telha faz muito mais barulho do que realmente deveria fazer. O vento faz todos os objetos da varanda voarem, baterem uns nos outros. O computador desliga sozinho. A luz pisca três vezes e apaga de vez.
Fui para a sala e olhando pela janela me senti num simulador de furacão dos parques da Florida. Era tudo jogado, molhado, balançando, como se a qualquer momento a casa inteira fosse soltar do chão e eu sair voando junto.
Coloquei as duas cachorras para dentro para sentir menos medo e foi pior, porque qualquer barulho elas latiam e me assustavam. Estava com a pequena no colo quando meus pais chegaram e meu irmão trouxe a lanterna.
Sem querer a sombra dela ficou projetada na parede.
_ Olha, eu sei fazer a sombra de cachorro mais perfeita de todas! - Ele disse e apontou para a sombra.
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