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segunda-feira, 19 de abril de 2010

S.O.S Autódromo RJ

Me assustei mesmo com a situação do Autódromo. Um lugar para competições esportivas, numa cidade candidata a sede de olímpiada e copa do mundo, jamais poderia estar daquele jeito. Fui ao Fórmula-Truck, 25 reais por pessoa.

O chão que dava acesso para as arquibancadas estava completamente desnivelado, o mato tomando conta. As paredes desgastadas, a arquibancada de ferro, enferrujada. O acesso para as arquibancadas? Escada. Na arquibancada, um sol típico de verão. Banheiros? Aquelas cabines imundas e apertadas.

Os seguranças do evento não sabiam nem informar se existia acesso para cadeirante. Acabou que eles ajudaram a me levar lá pra cima, no braço mesmo. Cheguei 11h da manhã e só saí as 15h, na hora de ir embora.

Não recomendo para ninguém. Cadeirante, andante, muletante, voador, o que seja. Nota zero pro autódromo!

4 comentários:

kentsu disse...

Gostei muito de como você concluiu seu comentário: "Nota zero pro autódromo". Legal! Quem sabe, surgirão novas avaliações, de 0 a 10, para os diversos serviços oferecidos. Bons e maus exemplos. Abraços!

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

O automobilismo brasileiro como um todo está nesse péssimo nível. Tirando os arrancadões (que eu sempre achei meio sem noção, fuçar o carro até o talo para correr 402 metros ou até menos dependendo da pista) a maioria das categorias está tão restrita em termos de custos que categoria de base acaba sendo só o kart mesmo.

A propósito: a cultura brasileira ainda não está preparada para a presença mais constante de deficientes físicos no automobilismo, mas já teve paraplégico pilotando na NasCar, no WRC (de cabeça eu só lembro agora do Albert Llovera) e até no Paris-Dakar (o inesquecível Clay Regazzoni chegou a participar tanto pilotando carros quanto caminhões adaptados). Talvez o país com uma cultura maior com relação à participação de deficientes físicos no automobilismo seja a Itália, lá tem até uma entidade específica para atender aos interesses de pilotos com deficiência, a FISAPS (Federação Italiana de eSporte Automotor com Patente eSpecial - patente que os italianos dizem é a carteira de habilitação), e não só tem eventos específicos para pilotos com deficiência como participam em eventos regulares. Por aqui só se vê um ou outro kart adaptado e teve o caso de um paraplégico ex-piloto de motocross que correu o Sertões em 2006 numa caminhonete adaptada. De vez em quando ainda aparece algum deficiente correndo no Dakar, no de 2011 vai ter um cadeirante italiano (pra variar) pilotando um Mitsubishi Pajero adaptado.

Rebeca Kim disse...

Nossa, eu juro que não sabia que haviam pilotos deficientes! O Brasil é uma vergonha mesmo...
Que aula foi esse seu comentario!!

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

http://cripplerooster.blogspot.com/2010/12/acessibilidade-em-veiculos-para.html