Na mesma hora me bateu um calor, tedio e desespero surreal. Como eu ia dormir daquele jeito? Fomos a família toda para a varanda, e assim constatamos que estava a rua inteira sem luz. Quem sabe até o bairro, ou a cidade inteira, apagados. De repente sentimos falta de uma coisa: Cadê o vento? Nenhum.
- Vamos a praia? - Meu pai sugeriu.
- Vamos! A pé ou de carro? - Meu irmão topou.
- De carro não dá, o portão não abre sem luz. - Minha mãe lembrou.
Fomos andando, levando apenas uma lanterna e uma bolsa com mini-games - e dando graças à Deus pela tecnologia. Pela rua o breu e o calor tomaram conta. As estrelas ficaram visivelmente mais próximas, e da praia só era visivel a orla do Rio, o Cristo Redentor e um navio iluminado no estilo natalino. O vento tava na mesma = Nada. Sim, o céu fica mais lindo no escuro, e eu me senti naqueles filmes de espionagem onde tudo é escuro e calado. Mas, por favor, não me deixa sem energia.
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